28 de agosto de 2014 - Relato de um quase parto
Nunca pude imaginar como seria você. Seus olhos... sua boca... cabelos...
Te desenhava em meu pensamento mas nada equipara a perfeição que Deus me deu.
As 8:05 da manhã de uma quinta feira.
Mamãe estava eufórica. Em estado de êxtase. Anestesiada no corpo e na alma. Chorava. Junto ao meu choro inocente.
Talvez
meu relato de parto seja mais preciso se contado da visão do papai. E
ele o fará. Mas do pouco que me lembro ainda dói. Uma dor estranha. Como
se dissesse eu venci, ganhei a guerra. Mas estou exausta. Pelas
batalhas que perdi ao longo dessa jornada.
Foram meses de estudo, de informações, tudo em prol de um parto digno para minha filha. Parto com amor e respeito.
As circunstâncias me levaram por um caminho onde eu já sabia o final, mas não pude refutar.
Alguns
me dizem, o importante é que ela tá bem, nossa quanto exagero, tá
dramatizando. Não consigo concordar. A única coisa que merecíamos era
respeito. As vias de parto, procedimentos médicos... tudo se perde
quando você ouve o coração da sua filha desacelerar. Se me amputassem
pelo bem dela eu concordaria (não pediriam minha opinião). Mas tratar o
nascimento como presenciei acho inconcebível.
Meu
relato de parto pode ser confuso, vago... mas precisa ser agora. Antes
que eu me convença que realmente o que importa é ela estar bem.
Já
não posso mais dar a ela a chance de nascer de novo. Então só me resta
ensina-la sobre as coisas da vida... quem sabe, como disse o Dr Braulio,
no meu próximo parto eu ainda tenha que lutar contra o sistema. Mas
quando a Aninha for mãe já tenha o direito de parir.
Aos poucos vou elaborando e processando os acontecimentos e compartilharei aqui.
Entre uma mamada e outra. Graças a Deus, nem todo o trauma que passei me impediram de amamentar (meu segundo maior medo).
Entre uma mamada e outra. Graças a Deus, nem todo o trauma que passei me impediram de amamentar (meu segundo maior medo).
O relato será em partes.
A medida que eu consigo processar.
Postarei aqui o link a medida que forem publicados:
Quando chegar a hora da Aninha Parir se tiverem mais mães como vc,ela não terá que lutar contra o sistema,talvez até lá o sistema seja o Parto Natural...Talvez,talvez,talvez...o que resta a nós é lutar pra que um dia nossas filhas possam sentir o quão bom é parir,o quão benefico,o quão magico..e o quão gratificante...mesmo que assim,de maneira nem tão satisfatória ,nem tão humanizada ou nada humanizada..é triste mais só nos resta a luta...
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